Livro publicado por pesquisadores do CEAPPG tem repercussão na imprensa paraibana

Um grupo de pesquisadores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) publicou o livro fotográfico intitulado “Pedra da Boca: o parque das gigantes”. A obra, publicada pela EDUEPB, é fruto de um programa de extensão “Educação Ambiental na Pedra da Boca”, desenvolvido no Câmpus da Instituição em Araruna, financiado pelo Ministério da Educação (MEC) e realizado durante dois anos no Parque Estadual Pedra da Boca. Trata-se de um convite à sociedade para um olhar sobre a importante unidade de conservação paraibana.

A proposta do livro é apresentar as imagens captadas durante a realização dos projetos de educação ambiental, que alcançou mais de 10 mil pessoas, entre fieis da Romaria de Fátima, estudantes da rede pública da região e membros da comunidade local. O livro aborda, em uma linguagem acessível, respeitando ao máximo os dados científicos, a relação da comunidade local com a natureza, a riqueza histórica, social, geológica e biológica do lugar.

Conforme os autores, a expressão “Parque das Gigantes” se remete às “pedras gigantes” que alcançam 180 metros, como é o caso da Pedra da Boca. A imponência das rochas da unidade de conservação tem despertado diversas lendas em seus povos originários, que retratam castelos encantados, pedras gigantes que protegem plantas e animais, além de botijas e espingardas de ouro escondidas entre as pedras gigantes.

Sobre o projeto extensionista

O começo dessa história foi a instalação do Câmpus VIII da UEPB, em 2010, na cidade de Araruna. Afinal, quando um grupo de pesquisadores chega a um lugar, especialmente nos ambientes com grande potencial de pesquisa, se mobiliza toda uma expertise para estudar as questões locais. É o caso da professora Alessandra Brandão, que trabalha com temas ligados ao ensino de ciências, educação para o meio ambiente e comunicação pública da ciência.

Em 2015, a pesquisadora propôs ao Ministério da Educação (MEC), por meio da Pró-Reitoria de Extensão (PROEX) da UEPB, um programa de extensão que visava minimizar impactos negativos no Parque Pedra da Boca, através de estratégias de comunicação e educação ambiental, dialogando, inclusive, com recomendações federais, para uso de tais estratégias nas unidades de conservação. Para a professora, o edital era uma oportunidade muito importante de contribuir com o Parque Pedra da Boca e, ao mesmo tempo, com a formação de dezenas de estudantes que participaram do projeto. Outro ponto importante previsto diz respeito à possibilidade de distribuição de renda no entorno, uma vez que os monitores, responsáveis por acompanhar os estudantes nas trilhas, deveriam ser preferencialmente do local.

Pedra da Boca

O Parque Estadual Pedra da Boca foi instituído como área de preservação no ano 2000, com o intuito de proteger um conjunto rochoso com geoformas únicas, que têm sido associadas, ao longo do tempo, a feições diversas, recebendo nomes como Pedra da Boca, Pedra da Caveira, Pedra do Coelho, Pedra do Letreiro (pelas pinturas rupestres), entre outras. Não à toa, diversas lendas de castelos, princesas, gigantes, espingardas e botijas de ouro tentam explicar, nas vozes dos nativos, tão magnífica beleza natural.

Segundo professora Alessandra, o Parque está localizado em um importante ecossistema e havia alguns pontos sobre o parque que mereciam atenção especial, tais como o desconhecimento das pessoas da região sobre a importância do parque, sendo mais conhecido por visitantes, inclusive, com erros de localização geográfica, sendo por vezes creditado a outro estado; aumento da visitação sem estratégias de discussão sobre o mesmo, com consequências negativas; turismo religioso forte, bonito, no Santuário de Fátima, mas que impacta a área preservada; sítios arqueológicos, com pinturas de grande importância que, além de estarem praticamente sem estudos, estão sujeitos a uma grande deterioração; e ausência de uma publicação capaz de divulgar as riquezas do parque para um público mais amplo.

Segundo a coordenadora, que divide autoria do livro com Rafael Xavier (Geografia), Marcionila Fernandes (Sociologia) e Caio Silva (biólogo e fotógrafo), ao desenvolver um plano de trabalho que considerou tudo isso, o programa de extensão conseguiu bons resultados. O projeto tem entrevistas com o público das romarias, que pode apoiar intervenções específicas. Foram levados mais de 600 estudantes da região para as rodas de conversa e “aventuras no parque”, com trilhas e escaladas nas rochas, em uma metodologia chamada de reflexão-ação-reflexão. Também foi realizado um ensaio fotográfico sobre o parque, inclusive sobre as pinturas rupestres, apresentando uma análise sobre algumas delas.

Além disso, o projeto aproximou membros da comunidade local para falar sobre sua visão sobre o lugar. O resultado final foi o livro fotográfico que aborda e apresenta boa parte desses aspectos para sociedade, em uma linguagem acessível, uma vez que a riqueza do parque, quando descrita, se restringe ao ambiente acadêmico. Portanto, de acordo com professora Alessandra Brandão, a obra é um tipo de publicação ampla, que se ocupa de vários vários aspectos, se comparada a outras obras mais especializadas sobre a Boca da Pedra, que possuem característica predominantemente acadêmica.

Os exemplares na versão impressa do livro serão doados a escolas públicas de Araruna e outras regiões do Estado. O e-book está sendo organizado e, em breve, será disponibilizado ao público na plataforma da EDUEPB.

Notícia retirada do site da UEPB em 2 de julho de 2020

Texto e fotos: Equipe do projeto de extensão “Educação Ambiental na Pedra da Boca”

Pesquisadora do CEAPPG, profa. Raquel Melo, em entrevista ao Jornal A União, fala sobre os impactos da pandemia nas Relações Internacionais

Para além das consequências na saúde global, o “evento coronavírus” aponta para a necessidade de transformações na organização política e econômica mundial. Pesquisadores do curso de Relações Internacionais da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), analisam os efeitos do coronavírus sob uma perspectiva geopolítica sistêmica e chamam a atenção para alguns fatores; três deles serão tratados nessa reportagem: a emergência da China como liderança política; a influência política prejudicando orientações técnicas com base científica; e a urgência de um novo modelo econômico de produção e consumo.

Não há notícias ou informações sobre o foco inicial. A China foi o país capaz de detectar, diferenciar a doença de outras gripes procurar meios de tratamento e combate e informar para o resto do mundo. Enquanto isso, o resto do mundo acompanha, perplexo, a construção de um hospital com mil leitos em 10 dias; e começa a identificar casos, sem sucesso no combate. A pandemia se instalou.

“O que está acontecendo reforça a necessidade de uma revisão das instituições internacionais. E essa crise de saúde internacional reforça a necessidade de se ter essas instituições fortalecidas”. Henrique Altemani, que foi coordenador adjunto do Mestrado em Relações Internacionais da UEPB e atualmente é pesquisador na Universidade de Brasília (UnB), se refere à atuação da Organização Mundial da Saúde, como instituição internacional técnica e a forma como os países aplicam essas recomendações. “Há a necessidade de uma cooperação global muitas vezes prejudicada por decisões políticas.”

A coordenadora do Curso de Graduação em Relações Internacionais da UEPB, Raquel Melo, salienta que a cooperação internacional é uma necessidade básica para os países se relacionarem. “Num surto pandêmico, especialistas precisam dar uma orientação global sobre o que fazer. A Organização Mundial da Saúde uniformiza as informações a partir de um conhecimento técnico científico. O problema é que nenhuma decisão técnica é considerada sem a política exercida nos países. Os Estados não abrem mão de suas vontades soberanas de fazer da forma como eles entendem. No Brasil vimos o líder do país reagindo de forma descompromissada diante de uma doença seriamente contagiosa. Mesmo estando em suspeita de contaminação, ele saiu a apertar as mãos de pessoas. Uma atitude baseada meramente em aspectos ideológicos, sem considerar os técnicos”.

China emerge como liderança no mapa político

Embora apontada como origem da pandemia ainda que não se saiba comprovadamente, a China emerge como nação fortalecida na geografia política internacional. Sai da China para outros países doações de caixas com máscaras cirúrgicas e outros itens; equipes médicas para a Itália, Irã, Iraque, capazes de orientar o atendimento; artigos científicos com resultados de pesquisas acerca do novo vírus.

“Há uma mobilização efetiva da China de ações para resolver problemas regionais de outros países. Enquanto os Estados Unidos viram as costas para a Organização Mundial do Comércio, a China é defensora do multilateralismo comercial. Os  EUA se retiraram do Acordo de Paris, um espaço que a China está ocupando e encabeçando a luta pelo meio-ambiente de uma forma global”, afirma Altemani. “O pensamento em prol do coletivo na China não tem nada a ver com o comunismo, mas sim com a base filosófica onde está, também, o respeito às autoridades, especialmente quando se tem confiança na autoridade.”

Por outro lado, ressalta Altemani, os Estados Unidos reagiram segurando o mercado financeiro através de ações de redução de juros, o que não surtiu resultado; e depois de não tomarem as precauções devidas inicialmente, tomam decisões unilaterais.

A insustentável crise do capital

Também vem da China imagens de contrastantes de uma zona urbana carregada de poluição e a mesma cidade com o céu limpo depois que os causadores da poluição deixam de circular nas ruas – os humanos. E é neste momento crucial na história da humanidade que urge a constatação: “O planeta não suporta mais sustentar o modelo econômico vigente”.

Raquel Melo lembra que determinados fatos não respeitam as fronteiras internacionais. “Não entendemos nada da nossa realidade se não entendermos o sistema internacional, das relações políticas, das relações de poder, quem pode mais, quem influencia mais; das relações entre o poder econômico, o produtivo e o meio ambiente; e a cultura que dá suporte a isso. E qual é o papel do Estado (dos governos dos países) para isso?”, questiona Raquel Melo.

“As realidades da desigualdade são compreendidas a partir de uma estrutura internacional. O modelo capitalista agressivo praticado hoje cria desigualdades e temos uma estrutura cultural e social que justificam essas desigualdades.”

“É possível criar paliativos; ações amenizadoras, políticas para amortecer as consequências. Em um determinado momento da história a Europa viveu os Estados de “Bem-estar”, países que conviviam com essa estrutura econômica, capitalistas, democráticos, mas tinham sistemas fortes de amortecimento operando – um sistema de educação, de saúde, de segurança do trabalho, etc. As diferenças sociais eram reduzidas. Se o governo não cria filtros dentro desse sistema, acabam surgindo abismos profundos de desigualdade.”

“Vários teóricos atuais demonstram que o mundo não se sustenta mais com esse modelo. As questões climáticas estão relacionadas a essa estrutura econômica de exploração. Através dessa paralisia em função do coronavírus temos mais clareza quanto aos sinais que o mundo dá de que esse modelo não se sustenta,” ressalta Raquel Melo.

A professora Marcionila Fernandes, que implementou o curso de Relações Internacionais (RI) na UEPB, trouxe os programas Procase (Projeto de Desenvolvimento Sustentável do Cariri, Seridó e Curimataú ) e o Projeto Cooperar, realizados na Paraíba com financiamentos internacionais. São fundos executados pelo Banco Mundial destinados a amenizar a questão da pobreza. “A pobreza é uma questão moral para os países ricos”, destaca Marcionila. “A produção financiada por esses fundos exigem que sejam feitas ações dentro de padrões e metodologias que priorizam a questão de gênero, a questão ambiental, grupos sociais por etnia e atividades. E o desenvolvimento econômico é vinculado ao ambiental – uma política do desenvolvimento territorial sustentável, que corresponde aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis. A pessoa que compete essa dinâmica é o profissional de RI”.

Notícia retirada do site do Governo do Estado da Paraíba em 20 de março de 2020

Texto: Márcia Dementshuk

CEAPPG realiza Webinar “Relações Internacionais em Tempos de Pandemia” com participação de diplomatas paraibanos

O Centro de Estudos Avançados em Políticas Públicas e Governança (UEPB/FAPESQ) convida a todos para o Webinar “Relações Internacionais em Tempos de Pandemia – Diálogos com diplomatas paraibanos”, que será realizado em quatro sessões, nos dias 8, 15, 22 e 29 de julho e contará com certificado de participação. Em cada sessão traremos um diplomata paraibano para falar sobre a sua trajetória na carreira diplomática e sobre as Relações Internacionais em tempos de pandemia. O Webinar será transmitido ao vivo e permitirá que os participantes façam perguntas ou comentários via mensagens. As inscrições podem ser feitas clicando aqui.

Dia 8/07, nesta quarta feira, acontecerá a primeira sessão do Webinar “Relações Internacionais em Tempos de Pandemia – Diálogos com diplomatas paraibanos”, com o médico e diplomata paraibano Marcelo Costa.

O Webinar será transmitido ao vivo e permitirá que os participantes façam perguntas ou comentários via mensagens.

Marcelo Costa, formado em Medicina pela Universidade Federal da Paraíba, é primeiro secretário da carreira diplomática. Serviu na Delegação do Brasil junto à ONU em Nova York e foi assessor para temas de saúde global da 73ª Presidente da Assembleia Geral da ONU.
Atualmente está lotado na Delegação do Brasil junto à ALADI e ao MERCOSUL, em Montevidéu.

Carlos Enrique Ruiz Ferreira é bacharel em Relações Internacionais pela PUC-SP, mestre e doutor pelo Departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo (USP) e pós doutor pelo Departamento de Filosofia da USP. É professor de Relações Internacionais da Universidade Estadual da Paraíba, coordenador-geral do CEAPPG e atualmente conselheiro de educação do Estado da Paraíba.

Raquel Melo é graduada em Direito pela Universidade Federal da Paraíba (1997), mestre (2001) e doutora (2006) em Relações Internacionais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Pós Doutorado (2010) pela Centro de Ciências Sociais da Universidade de Coimbra, em Portugal. Professora adjunta do curso de Relações Internacionais da Universidade Estadual da Paraíba e pesquisadora do CEAPPG. Coordenadora de Grupo de Educação em Direitos Humanos no Sul Global. Atualmente contribuindo na institucionalização da assessoria internacional da Companhia de Desenvolvimento da Paraíba (CINEP).

Dia 15/07 acontecerá a segunda sessão do Webinar, com o diplomata Ramon Arruda.

Ramon Arruda é bacharel em Filosofia pela UFPB e Mestre em Literatura pela UnB. Diplomata desde 2011, atualmente na classe de segundo-secretário. De outubro de 2017 até o presente, está lotado na Delegação Permanente do Brasil junto às Nações Unidas em outras Organizações Internacionais em Genebra.

Lucila Maciel Vilhena é Doutoranda em Direito Internacional e Europeu e bolsista pela Universidade de Lisboa. Com Graduação, especialização e Mestrado em Direito pela Universidade de Coimbra. Professora da Universidade Estadual da Paraíba, no curso de Relações Internacionais. Membro do Centro de Estudos Avançados em Políticas Públicas e Governança. Advogada.

Dia 22/07 acontecerá a terceira sessão do Webinar, com o diplomata paraibano Mozart Pontes.

Mozart Pontes, formado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Campina Grande, é segundo secretário da carreira diplomática. Serviu na Embaixada do Brasil em Havana e fez missões transitórias na Alemanha, no México, na Argentina e no Suriname. Atualmente está lotado na Delegação do Brasil junto à Organização de Aviação Civil Internacional (OACI) em Montreal.

Silvia Garcia Nogueira possui Pós-Doutorado no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (2017-2018), onde atuou como investigadora visitante, Doutorado em Antropologia (2005) e Mestrado em Antropologia Social (1998) pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Graduação em Comunicação Social (Jornalismo) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1990). É professora efetiva Associada do curso de Relações Internacionais (graduação e pós-graduação) da Universidade Estadual da Paraíba e professora colaboradora no Programa de Pós-Graduação em Antropologia (Mestrado e Doutorado) da Universidade Federal da Paraíba. É membro do Centro de Estudos Avançados em Políticas Públicas e Governança/CEAPPG-UEPB

Filipe Reis Melo é Professor da graduação e do programa de pós-graduação em Relações Internacionais da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Desde 2018 é avaliador do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – BASis. É vice-presidente do Fórum Universitário Mercosul (FoMerco) e coordenador do Eixo 7 – Comunicação, Informação e Poder. Pesquisador do Centro de Estudos Avançados Em Políticas Públicas e Governança (CEAPPG). É Doutor em Ciência Política pela Universidad de Deusto (Espanha) e possui Especialização em Estudos Europeus pela mesma Universidade. Possui Graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Católica de Pernambuco.

Dia 29/07 acontecerá a quarta sessão do Webinar, com o diplomata paraibano Ernesto Mané Jr.

Ernesto Mané Jr. é formado em Física pela Universidade Federal da Paraíba. É PhD em Física Nuclear pela Universidade de Manchester (Reino Unido), e realizou pós-doutorado no TRIUMF (Canadá) e na Universidade de Princeton (EUA). É Segundo Secretário da carreira diplomática. Atualmente, está em Brasília, lotado na Divisão de Nações Unidas III e lida com o tema dos refugiados, do direito internacional humanitário e da diplomacia cultural.

Marcionila Fernandes é licenciada em Letras pela UFPB, Mestra em Planejamento e Desenvolvimento pelo NAEA UFPA, Doutora em Sociologia pela UFPE, realizou estágio pós-doutoral em Relações Internacionais na UNB. É Professora da Universidade Estadual da Paraíba no curso de Relações Internacionais e Mestrado em Desenvolvimento Regional. É pesquisadora da Rede de Pesquisa WATERLAT-GOBACIT e coordenadora do Centro de Estudos Avançados em Políticas Públicas e Governança

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UEPB participa de Expotec com exposição de pesquisas e discussões sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis da ONU

Com a exposição de projetos, oficinas, discussões e palestras de educação ambiental, Fake News, inclusão produtiva de mulheres, mídias e tecnologia, preservação digital e desenvolvimento sustentável a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) foi uma das instituições apoiadoras da 5ª Edição da EXPOTEC (Exposição Científica, Tecnológica e Cultural), realizada nos dias 30 e 31 de outubro e 1º de novembro no Centro de Convenções de João Pessoa.

Durante o evento foram oferecidas as oficinas “Educação ambiental e coleta seletiva solidária”, sob a coordenação da professora do curso de Ciências Biológicas do Campus V, Maria de Fátima Araújo, que apresentou orientações a partir da experiência do projeto de extensão “Mobilização, inclusão e formação de catadores/as de materiais recicláveis da cidade de João Pessoa: uma experiência necessária”, voltado a catadores de João Pessoa e cidades vizinhas e que desde 2013, gera renda e melhores condições para esse público e proporciona ações de educação ambiental junto ao público acadêmico e externo à instituição; e “Mídias digitais e Fake News”, com a mediação dos professores do Campus V, Filipe Reis e Sílvia Garcia Nogueira, que foi promovido com o objetivo de formar cidadãos para o uso crítico e criativo dos meios de comunicação.

Também foram ministradas as palestras “Fortalecendo a inclusão produtiva de mulheres na Paraíba: Economia solidária um novo jeito de trabalhar”, com a professora Maria de Fátima Araújo; “Mídias, tecnologias e Sustentabilidade na Educação Superior no Campus V (João Pessoa) da UEPB”, com os professores Vancarder Brito e Raquel Melo; e “Interoperabilidade e preservação digital para o Estado da Paraíba”, com o professor Josemar Henrique de Melo.

Segundo a professora Fátima Araújo, as atividades tiveram a participação intensa de docentes e discentes vinculados ao programa “Vivências Interdisciplinares” que é composto pelos projetos “Vivências em Ações Legislativas”, coordenado pela professora Martha Simone Amorim; “Mobilização, inclusão e formação de catadores/as de materiais recicláveis da cidade de João Pessoa: uma experiência necessária”, tendo como coordenadora a professora Maria de Fátima Araújo, que também foi responsável pela coleta de resíduos durante o evento, totalizando mais de 700 kg doados às cooperativas de catadores (entre estes, diversos banners doados por participantes da EXPOTEC); “Cineclube Ambiental”, que tem como responsável o professor Vancarder Brito Sousa, “Cineclube Campus V”, que é coordenado pelo professor Filipe Reis, e o projeto “Fortalecendo a inclusão produtiva de mulheres na Paraíba: um novo jeito de trabalhar”, coordenado pela professora Fátima Araújo.
Além disso, os estudantes do projeto “Empreendedorismo em organizações arquivísticas e bibliotecas: análise do impacto do modelo de negócio CANVA em órgãos públicos da cidade de João Pessoa-PB”, vinculado ao curso de Arquivologia do Câmpus V da UEPB e desenvolvido em parceria com o SEBRAE, com a coordenação da professora Jacqueline Echeverría Barrancos, estiveram presentes participando das atividades.

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Na ocasião, o Centro Avançado de Estudos em Políticas Públicas e Governança da Universidade Estadual da Paraíba (CAEPPG), representado no evento pela professora do Câmpus V Lucila Vilhena, apresentou um protocolo assinado por universidades do Estado, com o apoio da Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado da Paraíba, a partir de uma atividade realizada pela UEPB na EXPOTEC 2018 quando o CAEPPG colheu sugestões dos participantes quanto ao que pode ser feito para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS). Na época, os visitantes da feira responderam a um questionamento sobre “como podemos ajudar a implementar os objetivos de desenvolvimento sustentável?”, e, a partir das respostas foi elaborado o termo de compromisso apresentado na 5ª edição da EXPOTEC.

“Observamos que a população espera que os governos se encarreguem dos ODS. Mas a perspectiva é que toda a sociedade esteja envolvida em atitudes que culminem para a concretização dos objetivos. O consumo consciente, por exemplo, depende de cada um de nós”, ressalta a professora Lucila Vilhena da UEPB que executa projetos no CAEPPG coordenado pelo professor Carlos Enrique Ruiz Ferreira. A professora Lucila Vilhena ainda ministrou o workshop “Como implementar os ODS na sua empresa e no dia-a-dia: planejamentos e práticas”.

O combate à fome, às desigualdades, às doenças, à degradação ambiental; a produção de energia limpa; o desenvolvimento de um modo de vida sustentável nas cidades, entre outros tópicos, estão apontados na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável adotada pelos 193 Estados membros da ONU, inclusive o Brasil. E cada ponto envolve o emprego da tecnologia e de inovação que possibilita a maior eficiência dos recursos usados para a produção – desde industrial até alimentar – além de avanços na medicina e até nas ferramentas educativas.

Notícia retirada do site da UEPB

Texto: Juliana Marques

Foto: Divulgação Expotec

Projeto de extensão do CEAPPG é destaque na Expotec 2019

Desde 2013 um projeto de extensão desenvolvido pelo Centro de Ciências Biológicas e Sociais Aplicadas (CCBSA) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Câmpus V, em João Pessoa, tem propiciado dignidade, geração de emprego e renda, melhoria na educação, sustentabilidade e qualidade de vida aos catadores de materiais recicláveis do município. Intitulado “Mobilização, inclusão e formação de catadores/as de materiais recicláveis da cidade de João Pessoa: uma experiência necessária”, o projeto coordenado pela professora do curso de Ciências Biológicas, Fátima Araújo, tem realizado um conjunto de ações que melhoram a vida dos catadores.

Com seis anos de execução, o projeto surpreende pela perseverança dos catadores que se envolvem em todas as atividades. Mais de 700 trabalhadores da Capital estão cadastrados na iniciativa, sendo que, destes, cerca de 400 permanecem ativos participando das atividades. Eles participam de oficinas, palestras e recebem assessoramento dos alunos extensionistas na coleta seletiva, realizada nos bairros e, principalmente, nos eventos realizados em João Pessoa. No início, os trabalhos envolveram identificação, sensibilização, mobilização, formação e inclusão em associações e cooperativas de catadores de cinco comunidades: Vale das Palmeiras, Comunidade do Baixo Roger (área do antigo lixão da cidade), São Rafael, Mandacaru e Empasa, desenvolvendo atividades de encubação, assistência técnica e nucleação.

Em um dos galpões do Centro de Triagem e Coleta Seletiva da UEPB, eles receberam orientações e formações que melhoraram o trabalho de recolhimento dos resíduos sólidos. Essa ação inicial, já concluída, foi desenvolvida no intuito de fortalecer a participação em políticas públicas dos catadores de João Pessoa, incrementando a renda, adequando suas atividades às normas de saúde e segurança no trabalho, inserindo-os em políticas sociais, entre outros benefícios a partir do reaproveitamento dos materiais recicláveis descartados. Passados seis anos, o projeto cresceu e envolveu novos alunos e professores em suas ações.

Na fase atual, o projeto acompanha a coleta seletiva realizada pelo grupo “Acordo Verde”, ligado à Prefeitura de João Pessoa, bem como o trabalho realizado no aterro sanitário da Capital, além de outras iniciativas voltadas ao recolhimento dos resíduos sólidos. Os catadores fazem coleta, triam os resíduos, empacotam e destinam o material para a cadeia produtiva. Além de Fátima Araújo, participam atualmente da iniciativa, a professora Jacqueline Echeverría Barrancos, diretora do CCBSA; o professor Vancarder Brito; além de 10 estudantes extensionistas dos cursos de Relações Internacionais e Ciências Biológicas.

Professora Fátima ressalta que o projeto já mudou a vida de muitos catadores e contribuiu na formação dos estudantes. “Há um ganho por parte dos alunos envolvidos no projeto. A convivência com os catadores e com o público que eles orientam a fazer a coleta seletiva promove uma experiência enriquecedora do ponto de vista social e também acadêmico”, observa a docente. Segundo ela, o projeto fortalece o tripé ensino, pesquisa e extensão na UEPB, melhorando a formação acadêmica e promovendo o envolvimento com a comunidade, contribuindo também com a formação técnica e cidadã.

Como fruto dos bons resultados da iniciativa, a equipe do projeto foi convidada a participar da 5ª Edição da Exposição Científica, Tecnológica e Cultural (Expotec), realizada entre os dias 30 de outubro e 1º de novembro, no Centro de Convenções de João Pessoa. O estande do Câmpus V foi um dos mais visitados. Através do projeto de extensão, todo o material reciclável depositado pelos visitantes em coletores apropriados foi recolhido pelos catadores. A coleta seletiva solidária foi realizada com a ajuda dos alunos extensionistas. No total, foram recolhidos mais de 700 kg de resíduos, que foram doados às cooperativas de catadores da Capital.

“A retirada de 700 kg de resíduos sólidos significa dizer que esta quantidade de material reciclável foi depositada no aterro sanitário, evitando que esses itens se acumulassem no solo por muitos anos, como é o caso das garrafas pet”, destaca professora Fátima que, junto com os alunos extensionistas do projeto, ministrou, na Expotec 2019, a oficina “Educação ambiental e coleta seletiva solidária” e proferiu as palestras “Educação ambiental e coleta seletiva” e “Fortalecendo a inclusão produtiva de mulheres na Paraíba: Economia solidária um novo jeito de trabalhar”, apresentando orientações a partir da experiência do projeto de extensão do Câmpus V.

Divulgado originalmente no site da UEPB

Texto: Severino Lopes

Fotos: Divulgação