Na Sexta-feira, 10/05/2024 , o Profº Filipe Reis Melo contribuiu com a coluna “Nosso Norte é o Sul”, do Jornal A União. Segue abaixo um trecho do artigo de opinião. Para conferir o artigo completo, acesse: https://auniao.pb.gov.br/servicos/copy_of_jornal-a-uniao/2024/maio/jornal-em-pdf-10-05-24-cdepc.pdf/view
Os europeus celebram o fim da Segunda Guerra Mundial no mês de maio, ou no dia 8 (Europa Ocidental e Oriental) ou no dia 9 (Rússia). A diferença de data se explica pela diferença do fuso horário entre a Alemanha e a Rússia: quando os alemães assinaram a rendição, na noite do dia 8 de maio, já era madrugada do dia 9 de maio na Rússia. No Brasil, sob influência da cultura europeia ocidental, a data mais considerada é o 8 de maio, apesar de que o fim da Segunda Guerra Mundial ocorreu no dia 2 de setembro de 1945, quando o Japão assinou a sua rendição.
De modo geral, os brasileiros não têm noção de quais países sofreram as maiores baixas naquele conflito. Em primeiro lugar, aparece a União Soviética, que amargou entre 22 e 27 milhões de mortos. Só o cerco que os alemães realizaram à cidade de Leningrado (hoje São Petersburgo) entre 1941 e 1944, que durou 872 dias, resultou na morte de duas vezes mais civis soviéticos do que de civis ingleses e franceses mortos em todo o conflito! Os nazistas consideravam os povos eslavos uma raça inferior, por debaixo de ingleses e franceses. A fúria nazista contra os eslavos também se pôde observar no percentual de militares capturados que foram mortos. Enquanto 57% dos militares soviéticos capturados pereceram, a cifra cai para 5% dos militares ingleses e para 1% dos militares estadunidenses capturados pelos nazistas.